À DERIVA

Foste abandonada à deriva e sem as amarras te perdeste.

Pensavas que o romance e o êxtase nunca iriam ter fim.

Te entregaste a um amor cego, intenso e apaixonante.

Coração apaixonado desde adolescente, você o venerava

Teu olhar cristalino enxergava um amor sem fim, eterno.

Como não se entregar aquela intensidade, a tentação.

Como resistir ao gosto doce do proibido, não e não.

Tudo era música, travessura, sonhos, tudo paixão.

Articulado, estudado, as vezes invisível aos olhos.

0 frenesis e os arrepios o modo arriscado, enfim.

Pura excitação ao ir dormir ao acordar e ao se lembrar.

Ao escolher o cabelo a lingerie e qual a cor do batom.

O local arriscado que guardava e exalava o perfume.

Amor insano de promessas e loucuras, travessuras.

Os anos se passaram na sombra desse amor.

Teu corpo aguentava os desafios do prazer e da física.

Teu corpo esguio era um desafio a todos prazeres.

Sem igual deixava um novo convite, apetecia.

O aroma do vinho as vezes a Champanhe convidava.

As estrelas eram cúmplices dos desejos sem fim.

Foste abandonada à deriva e sem as amarras te perdeste.

Pensavas que o romance e o êxtase nunca iriam ter fim.

Mas enfim tudo que passaste permanece intocável.

Perdeste o controle por amar demais, era puro, sem culpas.

O tempo e o vento irão se encarregar de apagar os rastros.

E você vai encontrar um novo amor e se apaixonar.

J Larbak
Enviado por J Larbak em 14/07/2017
Reeditado em 11/12/2018
Código do texto: T6054703
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