À DERIVA
Foste abandonada à deriva e sem as amarras te perdeste.
Pensavas que o romance e o êxtase nunca iriam ter fim.
Te entregaste a um amor cego, intenso e apaixonante.
Coração apaixonado desde adolescente, você o venerava
Teu olhar cristalino enxergava um amor sem fim, eterno.
Como não se entregar aquela intensidade, a tentação.
Como resistir ao gosto doce do proibido, não e não.
Tudo era música, travessura, sonhos, tudo paixão.
Articulado, estudado, as vezes invisível aos olhos.
0 frenesis e os arrepios o modo arriscado, enfim.
Pura excitação ao ir dormir ao acordar e ao se lembrar.
Ao escolher o cabelo a lingerie e qual a cor do batom.
O local arriscado que guardava e exalava o perfume.
Amor insano de promessas e loucuras, travessuras.
Os anos se passaram na sombra desse amor.
Teu corpo aguentava os desafios do prazer e da física.
Teu corpo esguio era um desafio a todos prazeres.
Sem igual deixava um novo convite, apetecia.
O aroma do vinho as vezes a Champanhe convidava.
As estrelas eram cúmplices dos desejos sem fim.
Foste abandonada à deriva e sem as amarras te perdeste.
Pensavas que o romance e o êxtase nunca iriam ter fim.
Mas enfim tudo que passaste permanece intocável.
Perdeste o controle por amar demais, era puro, sem culpas.
O tempo e o vento irão se encarregar de apagar os rastros.
E você vai encontrar um novo amor e se apaixonar.