Medo

Medo

Sendo então apenas medo

caminhando no incerto

revelando em fim segredo

até então encoberto

Abdicação de tudo

com a base no talvez

desarmado sem escudo

morte e glória uma por vez

Na roleta oscilando

o medo da bala agulha

tão presente e constante

calor de uma fagulha

No que tange a negação

o abismo e sua queda

um passo da danação

passo que pé não se arreda

Ante o eminente risco

sádico por arriscar

no olho presente cisco

forçado a lacrimejar

E o sono não me vem

o corpo quer repousar

doce amargo que convém

agressão do paladar

Não há como retornar

e o medo nunca ausente

é o caminha a se trilhar

avante ó brava gente.

Samuka Souza
Enviado por Samuka Souza em 12/07/2017
Código do texto: T6052404
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