Medo
Medo
Sendo então apenas medo
caminhando no incerto
revelando em fim segredo
até então encoberto
Abdicação de tudo
com a base no talvez
desarmado sem escudo
morte e glória uma por vez
Na roleta oscilando
o medo da bala agulha
tão presente e constante
calor de uma fagulha
No que tange a negação
o abismo e sua queda
um passo da danação
passo que pé não se arreda
Ante o eminente risco
sádico por arriscar
no olho presente cisco
forçado a lacrimejar
E o sono não me vem
o corpo quer repousar
doce amargo que convém
agressão do paladar
Não há como retornar
e o medo nunca ausente
é o caminha a se trilhar
avante ó brava gente.