Paz, afinal?
Levanto do meu leito
Tudo está escuro
Na vista da janela
Vejo apenas o futuro
Ou não vejo nada
Ou os dois
O futuro é o nada
Ainda não existe o depois
O orgulho corre em minhas artérias
O ódio ferve em minhas veias
A semente do mal já desabrocha em meu peito
E minha esperança está recoberta por teias
Nada pode me parar
Eu não tenho motivos pra parar
Já que meu coração se mudou pra outro peito
E no meu eu ele deixou de pulsar
Azar o dele
Não foi esperto
Acabou sendo descartado
Agora, na rua, é só mais um sem teto
Aceitá-lo eu não vou mais
Agora que finalmente posso ver a paz
E que acredito que de tudo sou capaz
Não é nenhum amor que vai me fazer voltar atrás
Jamais
Pois eu quero
Na guerra contra o passado
Que nada mais do que o necessario
Seja por todos lembrado