Lua de Sangue

Essa lua que escurece meu mundo

tapando a luz do meu sol imundo.

Em seu vermelho sem fim,

ela traz suas palavras até mim.

Não importa quantas vezes eu recuse,

sua vontade pede que eu mude.

Sou apenas um perdido inocente

em um mundo repleto de pessoas indiferentes.

Um mundo que te ataca.

Um mundo que te consome e te mata.

Sem razão aparente para tanto sofrimento

nessa seca de puro cimento.

Um rio cinza, duro como pedra.

Um rio cinza onde meu coração se quebra.

Prédios de sangue incerto,

fantasiado e coagulado como concreto.

Um mundo seco e sem vida,

para aqueles que não se deliciam com essa dadiva tão bonita.

Um mundo que segue num rio seco.

O meu? Vermelho.

Com meu sangue traço meu própio desfecho.

Mesmo que sangre sem parar

meu coração não se cansará de pulsar.

E a dor que eu sentir

se transformará em alegria pelo que está por vir.

Sem esquecer dos sacrifícios do passado

sigo minha corrente, traçando meu destino abençoado.

Fellipe Mendonça
Enviado por Fellipe Mendonça em 06/07/2017
Reeditado em 15/03/2018
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