Fácil ser-se-me, decifre-me, palavras soltas, nos pensamentos que voam
A escravidão me prende aos alicerces do abomismo
transcendendo o crescimento do interesse
sou retroativo as massas que me insultam
desgaste de serotonina e endorfinas me fazem patético sofredor, sem misericórdia
sem causa e justa lágrima apagada pelo vento da maré dos oceanos azuis dos olhos de Deus
como a vela que se apaga antes da prece terminar.
o bebê chorão cresceu angustiado e aprendeu mais que o alfabeto, que poderia fazer com todas as letras suas dores serem ditas letra por letra. seu riso se prendeu a mim como coceira de uma praga maldita
tento pegar leve, mas as unhas fazem a carne sangrar
sou perdoado todos os dias por respirar novamente, renascendo das atuais dores como se fossem primeiras vezes sentidas
não faço parte da maldade que faz o mundo girar
sua conversa me atrai com clareza no silêncio quando te escuto, vozes fantasmas, estão na minha cabeça comendo minha intelectualidade e me mostrando o paraíso em palavras
tanta solidão já virou clichê. o sabor do cheiro névoante sobre as luzes acompanhando seus passos no inverno até sua cama fria como suas espinhas
correr contra o tempo que se foda,
dores que se fodam
o tempo nos levará para as nuvens cedo demais e as horas continuarão passando
como se não houvesse existido passado, presente, tão pouco futuro, nas memórias dos desatentos você será esquecido mas rápido que 1 dia
talvez quando nevar em meu quarto eu seja lembrado e as lágrimas congelarao as flores que pintei em seu olhar