SÁBIO TEMPO
(Por Érica Cinara Santos)
Misterioso e singelo tempo
Com que brevidade te eternizas!
Traz a brandura das brisas
E do furacão o ardor, o tormento.
Quantos há que não te compreendem?
Que ora pedem para que passes ligeiro
Enquanto mudas o mundo inteiro
Ora suplicam que não te apresses também?
Alheio aos desejos vãos
Vais passando, Tempo
No ritmo do teu invento
Senhor que és dos passares sãos.
Há que se extrair de ti uma incontestável verdade
Quando passas, e sempre passas...
Não esconde males e trapaças
Abres correntes, estradas, caminhos,
Para que figure, sem desalinho,
O soprar límpido e belo da liberdade.