SÁBIO TEMPO

(Por Érica Cinara Santos)

Misterioso e singelo tempo

Com que brevidade te eternizas!

Traz a brandura das brisas

E do furacão o ardor, o tormento.

Quantos há que não te compreendem?

Que ora pedem para que passes ligeiro

Enquanto mudas o mundo inteiro

Ora suplicam que não te apresses também?

Alheio aos desejos vãos

Vais passando, Tempo

No ritmo do teu invento

Senhor que és dos passares sãos.

Há que se extrair de ti uma incontestável verdade

Quando passas, e sempre passas...

Não esconde males e trapaças

Abres correntes, estradas, caminhos,

Para que figure, sem desalinho,

O soprar límpido e belo da liberdade.

Érica Cinara Santos
Enviado por Érica Cinara Santos em 06/06/2017
Reeditado em 09/03/2020
Código do texto: T6020008
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.