Desordem
Feche os olhos e imagine um cômodo de sua casa
Com milhares de papéis espalhados pelo chão.
Esses papéis representam todos os seus pensamentos,
Tudo aquilo que você absorveu dos outros,
Tudo aquilo que você sente...
Há papéis espalhados por todos os lados!
Não é possível transitar neste cômodo,
Não é possível colocar nenhum bilhetinho a mais.
Mas aí você pensa: “é só mais um, só mais um!”
E passa a colar pelas paredes.
Não é possível jogá-los fora,
Afinal, amanhã você poderá usá-los.
Apesar de que muitos, nem se sabe qual a serventia.
Você se sente cansado pois, dia após dia
Carrega esse cômodo por onde quer que vá em suas costas.
A desordem toma conta e você espera ansiosamente
Pela faxina que irá te libertar
Do seu arquivo morto.