Inegável
Te acordei setembro, perfumes e flores,
À desenhar teu caminho, cheio de cores;
E se bem me lembro, dentre teus amores,
Houveram risos, também inspiradas dores.
E a primavera de tua vida, fez-se colorida,
No tempo passando em espera adormecida;
Sorvendo a cada dia, o amargor da dúvida,
Ao contabilizar a realidade daquela dívida.
A estação adiantada, adiantou os ponteiros,
E fez daquele último pensamento, o primeiro;
Sem atormentar, nem atordoar, o dia inteiro,
E assim, amor inegável, se faz tão verdadeiro.