Ermada

Esse corpo que não me habita

Não se habitua a me cobrir

Deixa-me nua de pele inabitada

Deixa-me inquieta e "sequelada"

Dentre tremores vejo amores indo

Deveria ter bem-vindo para mim

Enfeitada de confetes aguardei

Há uma passagem acenando risonha

Temo que a viagem seja só de ida

Teimo que voltar não faz sentido

Após tudo dito, o resto só é eco

Olhar um ser inanimado, desola

Escutei demais o tom desafinado

Permaneci demais naquele porto

Emaranhei e arranhei meu curso

O discurso cansado está calado

Tempo de mudar o tema requentado

O calor do corpo recente aquece

Esquecer-me do que quis é a hora

O momento passou há muito do ponto

Now live in peace forever, beloved

O mar é lindo, ainda que revolto

Rose Stteffen
Enviado por Rose Stteffen em 28/05/2017
Código do texto: T6011932
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