Ermada
Esse corpo que não me habita
Não se habitua a me cobrir
Deixa-me nua de pele inabitada
Deixa-me inquieta e "sequelada"
Dentre tremores vejo amores indo
Deveria ter bem-vindo para mim
Enfeitada de confetes aguardei
Há uma passagem acenando risonha
Temo que a viagem seja só de ida
Teimo que voltar não faz sentido
Após tudo dito, o resto só é eco
Olhar um ser inanimado, desola
Escutei demais o tom desafinado
Permaneci demais naquele porto
Emaranhei e arranhei meu curso
O discurso cansado está calado
Tempo de mudar o tema requentado
O calor do corpo recente aquece
Esquecer-me do que quis é a hora
O momento passou há muito do ponto
Now live in peace forever, beloved
O mar é lindo, ainda que revolto