DOCES PASSOS
(Por Érica Cinara Santos)
Em doces sonhos assenta-se a alma
De passos que, mansos,
Caminham sem dar-se conta
Do quanto, na vastidão de sua calma
Ultrapassam a si, e a um futuro aponta.
No passar desses passos
Pegadas vão ao chão
Marcando etapas de vida que se ultrapassam
E, de infinitos, preenchem os que inda virão.
Porque não se passa sem agigantar-se
A outrora luz diminuta
Quando o coração de dor abrasara-se
Sem deixar-se a si, sem desistir da luta.