QUE FAZES?
As estrelas no céu e um dedo a apontar,
Alguma que brilhe mais que minha retina.
Tal qual escolher a alma a que se destina
E preferir a que não há de ser nem estar.
Entregar-se à incompletude pretendida,
Do amor que só vive e nunca enobrece,
É como tê-lo por razão que empobrece
Gastando seu tempo, alma, ideia e vida...
Soube desse amor eterno que se rendeu,
Ao tempo dum beijo vivo que se perdeu,
Vagando, por aí, em ti, na última partida...
Mas, se meu beijo nunca mais foi o teu,
Se teu corpo nem lembra a ideia do meu,
Que fazes de ti perdida em minha vida?