DIGITAIS
Meu verso não se apega nem se apaga
Meu verso enterro se não me esmero
E não és tu a água que meu verso bebe
Porque é de minha boca que ele se serve
E se escolho deitar tristezas
É por ver nisto veras belezas
Se deito corvos em cortejo
É porque com bons olhos os vejo
Meu verso no teu não se encaixa
Porque dizes da minha letra, cabisbaixa
Sem luzes,louros ou santidade
Mas deito e rolo em liberdade
Guarda pois tua letra em redoma
Perfuma, passa, engoma
De minha letra cuido eu!
Foi sempre assim que meu verso comeu e bebeu
Do mais puro e legítimo br(eu)...