A nua

Tímida, tira a roupa despindo-se lenta

Ganha forma perfeita

Enquanto o relógio avança sem qualquer noção de tempo

Os olhos atentos a perseguem vidrados

E a sua luz preenche as trevas com esperança aos derrotados

Cheia de graça

É glória dos desesperados

E sua nudez míngua a tristeza dos tolos

Intensa e pálida

De pele alva de neve e orvalho

Não deixa resquícios

Nem rastros

Crescente agoniza dentre as sombras profundas

Ressurge Nova para o contento dos mediocres

Atrai e domina

Despida,

Completa e nua

Minha

E sua

Razão suficiente para os enigmas dos poetas

Inspiração de canções outrora melhores

Pousa no silêncio da noite

Mas muda, diz o que diz:

Que se um dia eu

duvidar que sou feliz

Terei o céu para ensinar-me sobre gratidão

Terei janelas

Para lembrar-me que o firmamento a pintou

Sem precisar de mãos

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 12/04/2017
Código do texto: T5968906
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