PARECENTE
Parecente...
Um chão de querências
E reticências...
Com ruas fartas de ausências
Em sons distantes
Passos flutuantes
Parecente para sempre...
Porque a imagem ficou congelada
No calor dos meus olhos vermelhos
Vermelhos de ciência da ausência
Vermelhos da ausência de ciência
Vermelhos de tanta transparência...
Parecente para sempre
Porque as esperas são veras
E no entanto,nem digiro as primaveras
Parecente
Porque só eu sei o que ainda não sei
Porque só eu sei o que nunca saberei
Para sempre é nunca mais
Para sempre aqui jaz
Para sempre é minha forma contumaz
Para sempre não serei jamais