Tu não és
Foi suicídio,
admito e não omito!
Eu matei meu corpo sedento,
E agora respinga sangue,
O coração tine sem sopro,
Sem sol e lua,
Sem você...
Foi homicídio,
Agora sei que foi,
Foi você!
Tu mataste meu eu,
Minhas metáforas,
Minhas metas de amar-te,
E sonhar-me em ti,
E aqui me resta a questão,
Matei-me ou mataste-me?
Traga um trago de sentir
Ou deixe-me aqui,
Até que estou estável,
Outrora instável...
Mas quero frisar ao teu ser,
Dos meus sorrisos rotineiros,
E a causa dos meus dentes estarem inteiramente "amostrados",
Não é por ti,
Não mais.
Tu não és nem casulo,
Tampouco borboleta,
Tu não és minhas lágrimas,
E nem meu consolo,
Tu és tudo que obrigo a viver...
Viver-me um minuto só,
E até quando no milésimo da emoção,
Sou razão,
E tu não és a razão,
Tu és o salto curto que fica entre os dois...
E eu sou um,
E ainda assim exponencialmente irreal, existente,
Eu sobrevivi ao caos e a você,
Mesmo porque você e o caos não andam juntos...