Menino do farol
Outro dia vi um menino no farol,
Pequeno e magrelo debaixo do sol.
Vendendo balas pra cima e pra baixo,
Percebi que na sociedade podre não me encaixo.
Triste ver aquela pobre criança,
Sem nem um pingo de esperanças.
Uns com tão pouco,
E os que muito tem não os tiram do sufoco.
Triste ver essa desigualdade,
Nesta bonita cidade.
Nas mansões homens ricos,
Nas ruas, crianças enfrentando perigos.
Não me esqueço daquele menino,
E daquala manhã de domingo.
Só queria um abraço nele dar,
E dizer que comigo ele podia contar.
Mais infelizmente o farol abriu,
E o menino?
Ah... O menino sumiu!