RÉPLICAS DE AMOR NO INFINITO
Juliana Valis




Não olharei as vertigens do infinito

Como quem chora por não ter sido...

Agora, amor é como um grito,

Além da dor de um céu rendido

Ao peso de estrelas que suplicam paz !




Não, nada é mesmo ileso ao que o amor perfaz,

Em cada verso, estrada em nossa breve vida,

Vôo já disperso na emoção fugaz,

Coração que exulta ao limiar da lida,

Nesse mar que a alma simplesmente traz... 




E, sem calma, o sonho suspira aos quatro ventos

Como a terna lira em cada breve flor,

Labirinto em réplicas de tantos sentimentos,

Sinto o que proclama em cantos de um amor,

Eis a fonte, em chama, que nos faz sedentos,

Embora a vida tenha a mesma humana dor...




Mas não, não olharei as vertigens do infinito

Como quem chora por não ter sido,

Agora, amor é como um grito,

Além do sonho, em cor, ao céu rendido !