Poeta por acaso

Seguia, nas veredas do destino,

um sujeito, sem eira e nem beira,

de barbas longas, longa cabeleira,

camisa esfarrapada... sol a pino...

 

Andava a sua marcha costumeira,

até que uma pedra do acaso

o fez tombar, à frente do Parnaso,

aos pés da mais suprema feiticeira.

 

Ao levantar, de súbito, o sujeito

ouviu o coração bater no peito,

como jamais ouvira até então.

 

E escreveu um verso e outro mais...

e até ganhou direitos autorais,

quando findou a obra em construção.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 25/03/2017
Reeditado em 10/09/2024
Código do texto: T5951697
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