Poeta por acaso
Seguia, nas veredas do destino,
um sujeito, sem eira e nem beira,
de barbas longas, longa cabeleira,
camisa esfarrapada... sol a pino...
Andava a sua marcha costumeira,
até que uma pedra do acaso
o fez tombar, à frente do Parnaso,
aos pés da mais suprema feiticeira.
Ao levantar, de súbito, o sujeito
ouviu o coração bater no peito,
como jamais ouvira até então.
E escreveu um verso e outro mais...
e até ganhou direitos autorais,
quando findou a obra em construção.