Mulheres, guerreiras invisíveis
Mais um dia se passa, e a noite chega
Junto com a noite, a insegurança enquanto ela passeia
Ela queria rosas, paz, e ser amada
Não o medo que a persegue, de ser estuprada
Ela chega em casa, aliviada, no minimo
De novo é espancada, pelo alcóolatra do marido
Enquanto seus filhos assistem, ela chora
Rezando para Deus, pra dor ir embora
No outro dia mesma fita, mesma história, mesmo fato
De novo é assediada pelo chefe no trabalho
Debatendo as idéias, enquanto ela almoça
Enquanto os pedreiro na calçada gritam, ''gostosa''
É tanta coisa errada, que você nem imagina
O quanto é guerreira, essa mulher que você acha linda
Um rombo no peito, que ela carrega consigo
De novo preparada para apanhar do marido ...
Homens, filhos da puta, que não mantém a compostura
Insultam e assediam, desprovidos de conduta
E ela se pergunta, se tem esperança no amanhã?
Você não tem que respeitar, só porque podia ser sua mãe ou sua irmã
Consciência masculina, é o que tá faltando
Mulheres são rainhas, respeitem-as como ser humano
Não como objeto, que você usa e joga fora
Ciúmes doentio, é o que as fazem ir embora
Aquela mina, que você comeu e meteu o pé
Criou sozinha o filho, isso que é mulher!
Enquanto nós, homens, com a consciência em miséria
Só pensamos com aquilo, que temos em meio as pernas
No busão lotado, onde pessoas precisam se espremer
Aparece o safado, se esfregando em você
Ela atura calada, quer que o pesadelo acabe
Torcendo pra chegar em casa, antes que seu mundo desabe
Dificil de viver, restam poucas alegrias
Num país desigual, cercado por machismo e homofobia
Assim ela vai vivendo, sem a vida que deseja
E aí, cê ainda acha que o feminismo é brincadeira?