Vento de outono

Ouço o vento soprar docemente lá fora.

Vento este, que carrega a boa nova de esperança.

Esperança de vida nova,

Da folha que irá secar e cair,

Dando lugar à flor e o fruto doce,

Que a beleza alimenta os olhos

E a doçura o coração.

Penso no sentido da vida

E seus ciclos sem fim.

Na verdade fim que não existe:

Porém um novo recomeço sempre.

Quiçá pudéssemos acordar todos os dias

E perceber que a cada ano,

A promessa de vida se renova.

O morrer da folha seca não é em vão:

Eis que uma flor irá surgir e em fruto se transformará,

E saciará a fome de quem necessitar.

Alimentará ainda a terra

E no próximo outono, outra vida será.