SILÊNCIO EM POESIA - Reginova Godaninsky-Ministra da Esperança
Silenciei minha voz, silenciei minha canção.
Tão calada a minh’alma, tão calada a emoção.
Fiz silêncio na noite, fechando minha poesia.
Tão calado meu verso, perdi minha romaria.
Silenciei minha palavra, anoiteceu fraca e muda.
Calou-se diante da estrela, que ao negro céu aveluda.
Silenciei o meu verso diante dessa certeza.
Que a atitude é o reverso de quem não tem mais firmeza.
Silenciei a escrita frente a tanta hipocrisia.
Jogando fora a pena que já não me alivia.
Conservando o que escrevo gravado a pedra e cinzel.
Rasguei as folhas avulsas queimando todo o papel.
Silenciei o poema quando perdi toda rima.
Somente valendo a pena quando copio de Cima.
Silenciei a poesia, sigo cantando essa dor.
Acordando em extasia para cantar novo amor.