A NATUREZA DOS OPOSTOS
Os opostos existem.
Persistem.
Insistem.
Pelo romance, eles se completam.
Se beijam.
Se abraçam.
Pelo bem estar, eles se combinam.
Explicam o paradoxo do previsível.
Nem ligam.
E pela poesia, disseram-nos que eles se atraem.
Não traem.
Se amam e não reclamam um do outro.
Tão simples assim.
Porém não se esquecem que no fim a verdadeira natureza deles não é de marfim.
Nem de ouro.
É feita de pedra.
Com desenhos rupestres dos primeiros opostos.
Juntos eles só ficam por uma força desconhecida a nós.
Quem sabe é o amor.
Quem sabe é o universo.
Quem sabe os traços de evolução tão complexos.
Uma força que nos ensinaram que juntam-os em perfeita sintonia e melodia.
Nos falaram de amor junto com razão.
Assim eles existem.
Os opostos apaixonados.
Sempre interligados pelo que nos disseram.
Porém existem a natureza deles.
Diferentes e paralelas.
Incapaz de se misturarem.
Mas no final, eles se misturam.
Opostos são para isso.
O desafio próprio da lógica.
A ironia do entendimento.
A força que não explica, mas se aplica.
E no final eles se abraçam
Se iludem.
Se misturam.
A natureza diferente deles é tão linda quanto a poesias que os juntam.