Presente
Vou beber o teu silêncio, novo e antigo,
Tentar saciar essa sede que vive comigo;
Ouvir música calma, ler e fazer poemas,
Mas não adianta, não mudarei os temas.
Ali, por entre as linhas, vírgulas e crases,
Verá tua face aquarelando o meu sorriso;
Disfarçada, explícita em cada nova frase,
Doce e salgado amor, que tanto preciso.
Vou beber teu silêncio, mel e fel da vida,
O céu azul ou tempestuoso, tudo, convida;
Ao coração te grafitar novamente, amor,
É passado e presente, eis aqui, a tua flor...