Pensando Adoidado
Às vezes fico sozinho porque quero
Deitado num banco velho
Relembrando um sonho singelo
E no vazio da minha contemplação
Encontro paz em meu coração
Tão perdido lá estou
Que nada mais me afeta
Sou o que sou
Uma projeção astral em um mundo de concreto
Folha sem rumo levada pelo vento
Um erro na matriz da humanidade
Pequeno ponto flutuante que delira entre o vasto universo e a verdade...
Abro os olhos da minha mente
Vejo o sol em uma noite ardente
Vejo a lua em um dia frio e decadente
Caminho sobre os vértices de um triangulo sempre desequilibrado
O amor, a sabedoria e o trabalho!
Então me acho nessa tempestade
Acordando quieto e outra vez no banco velho e molhado...
Assim sou, assim estou
Um poeta sem jeito praticando uma reflexão quase infinita
Em um conto há muito reinventado
A vida
O último dos portais ainda não fechado.