Meu corpo...

Corpo, o meu...

Que usas...

Possui sem reservas...

Faz dele, santuário...

Já não me obedece...

Cavalgadas com domínio

De quem conhece perfeitamente

cada trilha do caminho percorrido...

Dizes não querer só o corpo...

Sedento, busca saciar-te nesse corpo...

Nessas curvas de "desvio"...

Teu corpo... Insaciável.

Ah, como queria o meu corpo ser o único!

Somente esse a prender-te entre as pernas...

Só mais um corpo... Com alma carente...

Meu corpo tem rumo...Teus braços...

Teu corpo... Viajante itinerante...

Quando passas, deixas flores

Com beijos teus...

Livres... Voas novamente...

Deixas o meu corpo aqui...

Delirante... Tateio teu corpo

na cama... Agora, fria...

Busca insana por afagos...

O teu corpo se foi...

Para outro corpo...

Meu corpo chora...

10/02/2017 sexta-feira 06:01

Tati Vitorino
Enviado por Tati Vitorino em 10/02/2017
Reeditado em 10/02/2017
Código do texto: T5908086
Classificação de conteúdo: seguro