ANXIA MENS

I

Numa única mente

Há o inexistente

Portas, entradas

Infindas moradas

II

Fonte mui veloz

Um carniçal algoz

Que medos antigos

Deixa comigo

III

Córrego de dores

Oblívio d’amores

Faz de meu peito

Perpétuo leito

IV

Tão rubro ribeiro

Quamanho braseiro!

Corrobora o mistério

Sem nenhum refrigério

V

Saberá Deus

De meu eterno sofrer?

Certo é, amém:

O sol sempre vem