AO QUE CONFESSA AMAR
AO QUE CONFESSA AMAR
Há dias em que achamos tudo em vão
E um vão é espaço encontrado
Entre a dor e a prisão
Entre a covardia cometida e a coragem renegada
Às vezes solidão é só imagem almejada ou desprezada
O que trai a confiança, não é a fraca tolerância
E sim, o golpe amargo dado, por aqueles que a gente ama
Pois a surpresa sempre age em dupla face
Moldada aos nossos bons e maus costumes
Ela é uma faca afiada de dois gumes
Mas a vida sempre segue, sempre mais...
E amor nenhum se conduz de forma sagaz
Mesmo que sagacidade não seja exclusivo atributo da maldade
A malícia não pertence ao que confessa amar
A vida jamais há de ser perfeita
No entanto a honestidade, ah essa tem dom
O dom de transformar
A verdade, proeza em seu cativar
E todo dia seguinte é resposta ao anterior
Seja conduzida nossa estadia aonde for