No banco da praça

Sentada,sentindo o ar em meu rosto

Numa tarde quente de verão,

Apenas observando o movimento na curva da esquina

Carros indo,vindo,pessoas pra la e pra ca

O que sera que estao pensando?

Sera que me observam como eu as vejo?

Sera que imaginam o que eu estou pensando

aqui nesse banco da praça?

Talvez nem eu saiba exatamente

Quando sai de casa em desatino

Sem nem saber pra onde ir

Apenas pra esfriar a cabeça

Com turbilhao de emoçoes

A raiva me fazendo explodir

Apenas tentando entender a vida

Tentando esquecer as feridas.

Agora estou aqui,observando,

Sentindo a terra nos pes

Com a alma chorando

Onde meus unicos confidentes sao

o vento,o lapis e papel e o

Banco vermelho e surrado

Da praça da esquina.