Tempo desperdiçado

Somos parte do todo de um cristal que um dia se quebra!

Vivemos num tempo, cujo nome presente, mas sempre com vistas para o futuro.

A venda das vaidades que cobre os nossos olhos na o nos permite vislumbra a proximidade da curta curva da vida. Arminhamos cambaleantes para um amanhã no qual talvez não possamos chegar. Com isso, o hoje é atirado ao vácuo espaço das incertezas que nos roubam o único espaço entre a vida e a morte, que genuinamente nos pertence.

Deparamos então com o descampamos entre as nossas ações e reações. Somos nesse momento, compelidos pela impiedosa e tirana consciência de que poderíamos ter vivido mais com muito menos.

Mas no arquivo dos anos passados não podemos mais mexer, o presente nos açoita com as dores do corpo e da alma e o futuro... ah, somente agora percebemos convictos que estamos muito, muito longe de alcançá-lo.

Despimo-nos cabisbaixo da fantasiosas esperanças para nos encharcarmos da realidade que cela a nossa missão e decreta o nosso destino aqui na terra.

Concluímos tristemente que a morte, a tirana e impiedosa morte, é a única certeza que possuímos na vida.

Valéria Nunes de Almeida e Almeida
Enviado por Valéria Nunes de Almeida e Almeida em 17/01/2017
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