Falta de consistência e consciência

Escrevo como quem fala dormindo. A poesia brota de algum lugar surdo, como o fundo de uma garganta, como um pedaço de inconsciência.

Resultado: poesia inconsistente por natureza.

Provoca estranheza , talvez, naquele que lê procurando respostas, procurando perguntas confeccionadas por uma vida significativa e por horas e horas de leituras filosóficas.

Chega e acaba lendo bobagem. Bobagem quando é visto por fora, quando parece que não brotou de um ser humano, mas de um teclado que resolveu sortear palavras por diversão.

Não é bobagem. Pelo menos não pra mim, por mais que seja frase balbuciada num estado anestesiado. Poesia bêbada, sonolenta, de fim de tarde, quando os pensamentos estão bagunçados.

Poesia lógica é pra doutores de faculdade e advogados.

É rica, mesmo assim. Qualquer voz humana é válida. E significa algo.

Daí a poesia tem duas partes: O mistério e a descoberta de significados...