MAUS TRATOS OPACOS

...percebi que estava doente, quando quis e obtive. Mas o tempo passou, me encontrei a querer e sempre querendo, prossigo a frente o sofrer de uma dor anestesiada.

A tristeza é grande, como um buraco fundo e vazio.
Amargo sem nome e sobrenome.
Inquietude? Saudade? Solidão?

...sei do que preciso, ao menos acho saber. Por que o que acho que seria bom eu viver sem, quando dispenso, não sei mas viver. Esse acho é em grau sufocante. Se tenho necessidade, não sei suprir.

Como largar o que me trás alegria, mas por outro lado me irrita, me faz perceber que sou um fracasso?

Tenho uma dor, que mas parece um oceano, sem água, sem bicho.
No fundo só lixo, por maus tratos opacos.
ADRIANA ANDRADE
Enviado por Adriana Andrade Afonso em 13/01/2017
Reeditado em 13/01/2017
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