OS PONTEIROS DO TEMPO
A vida passando através da janela,
Com tanta força, magnífica... Tão bela
E eu espiando o movimento que há lá fora.
É burburinho - multidão que vai e vem,
Tão apressada! Tudo é igual a um trem
Que já não para pois tem que chegar na hora.
Por que a pressa tomou conta da cidade?
O corre-corre que a nossa alma invade,
Não nos permite observar a natureza?
Viver nos campos, nas campinas, nas florestas,
Observando os animais a fazer festas
Dando louvores e desfrutando da beleza?
Por que a alma do humano é inquieta?
Por que será que há uma porta aberta
Para tanto ódio... Para a desolação?
É porque para nós o mundo é “o dinheiro”
Para os animais, liberdade é “mundo inteiro”
Vivem... Labutam com a paz no coração!
(Maria do Socorro Domingos)
João Pessoa, 09/01/2017