Cera que sangra
Foi minha tolice. Achava que tudo seria eterno pela grandeza dos acontecimentos. E foi.
Foi eterno, afinal, se a tudo ainda lembro, quais explicações?
Renegava o que previa, de modo bem amedrontado e furtivo. Adivinhava. E prestes a decapitar minha própria vida, deitei. Adormeci dentro do sentir que não sabia bem explicar. Senti. Achei. Constatei. Reneguei. Adivinhei. Decapitei. Dormi.
Dormi sem conseguir explicações. E acordado, reiterei que apenas fui eu, o de coração de cera a sangrar perante o fogo!