Uma pitada de inexistência na existência humana

Eu enquanto, inexistente!

Me lanço ao mundo; solitária!

Não sou preta.

Não sou pobre.

Sou, camaleoa.

Deixo o sol arder

enquanto na sombra me restabeleço.

Hoje,

vertigens comem minha alma

com talheres de prata

e não há nada que possa saciar esta fome.

Camadas sobre camadas,

de dores e desespero

tatuadas na pele.

Não sou mulher.

Não sou homem.

Sou, nada.

Mvitoria
Enviado por Mvitoria em 06/01/2017
Código do texto: T5874367
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