Menina-mulher

Perguntaste-me com curiosidade o que um dia fostes em meu coração...

A princípio, uma aventura, que se tornou aos poucos bela convicção,

“Convicção” que o meu coração em pretérito, buscou em lindas preces, orações.

Um homem carregando em seu peito um “reinado” de luta e oblação.

Um homem de boa índole e abarrotado de nobres emoções, espalhando sementes pelo chão.

Contudo, em suas próprias rédeas e regras, pecastes em reter-me só na razão,

E, sem percebermos fostes algo tão oposto a minha alma e amplo coração.

Ciente que quiseste-me bem! Infelizmente, cobraste-me mais que podias um dia possuir de mim...

Mas o meu coração apaixonado, descompassado, outrora, ferido, cansado,

Naquele momento, não queria brigar com esses descompassos; apenas ficar ao seu lado e tentar ser feliz,

Esperançosa que além de sapeca, vislumbrastes o meu lado que não era tão moleca, uma mulher que estavas diante de ti.

No entanto, entendia que para tudo haveria um tempo para que pudesses ultrapassar os limites para, enfim, descobrir, mesmo não estando mais “ali”.

Fui amando-te muito mais em silêncio, que em palavras soltadas ao vento.

Não era tão tola, ingênua ou imatura como assim insinuavas e me descrevias...

Era uma menina-mulher amadurecendo, crescendo, debaixo do sol, da chuva, do vento,

Buscando em meu próprio alento; minhas raízes poder fincar e, por fim, me “fortificar”.

obs.: Limites visionários que hoje não tem mais razão de existir. Faz parte do pretérito. Um linda história mal decifrada (fato) mas que passou.