"A história provou a capacidade demolidora da poesia e nela me refugio incondicionalmente." Pablo Neruda
Refém da poesia
A poesia, língua universal
falada até mesmo pelos mudos,
independentemente de estudos,
forja no singular algo plural.
Qualquer que seja a massa cerebral,
qualquer que seja o senso do sujeito,
a poesia sempre dá um jeito
de conjugar o Verbo, bem ou mal.
A poesia vê nosso defeito
como parte integrante da virtude.
E não tão raro, às vezes amiúde,
nos faz o coração tossir no peito,
ainda que a mente do sujeito
careca de saber ou de saúde.