única

respeitadas as diferenças,

as necessidades ou opções

vindas da mente, do corpo

de onde quer que seja,

os desejos escondidos ou manifestados

com a maior clareza possível,

os sonhos embutidos e que

de repente afloram – a flora subjacente –,

levando-se em conta tudo isso e muito mais,

feminilidade quem tem é a mulher

e masculinidade quem tem é o homem

isso não estabelece linha divisória alguma

ou segmentação impossível de ser vencida,

ou estaríamos em oposição a muitos

ou pelo menos ao filme Transpotting

que acertadamente profetizou

a convergência dos dois polos

mas o sorriso da mulher, seus jeitos

especiais e trejeitos necessariamente

mundanos e sobre-humanos,

a categorização do corpo e da mente,

o tempo que leva pra se aprontar e se produzir,

o tempo que não leva para concluir,

a chuva que ela impede de cair...

pelo menos hoje, não dá pra se igualar,

não dá pra se intuir

que ela não seja única...

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 23/12/2016
Código do texto: T5861667
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