única
respeitadas as diferenças,
as necessidades ou opções
vindas da mente, do corpo
de onde quer que seja,
os desejos escondidos ou manifestados
com a maior clareza possível,
os sonhos embutidos e que
de repente afloram – a flora subjacente –,
levando-se em conta tudo isso e muito mais,
feminilidade quem tem é a mulher
e masculinidade quem tem é o homem
isso não estabelece linha divisória alguma
ou segmentação impossível de ser vencida,
ou estaríamos em oposição a muitos
ou pelo menos ao filme Transpotting
que acertadamente profetizou
a convergência dos dois polos
mas o sorriso da mulher, seus jeitos
especiais e trejeitos necessariamente
mundanos e sobre-humanos,
a categorização do corpo e da mente,
o tempo que leva pra se aprontar e se produzir,
o tempo que não leva para concluir,
a chuva que ela impede de cair...
pelo menos hoje, não dá pra se igualar,
não dá pra se intuir
que ela não seja única...