24 de dezembro, natal.
24 de dezembro, natal,
e a veste é vermelha,
a toalha na sala é de renda
e tu,anjo,és risonho
mas também irônico, quase enfadonho.
Sabes que no natal novamente
enterro minha infância,
a criança...
Mas as lembranças, estas,não há como olvidar
são vívidas ainda hoje.
24 de dezembro, natal, e o Peru
empanturrado de sarrabulho,
manjar cobiçado.
E eu sempre tive dó daquela estrela
pendurada, espiando no cume do pinheiro,
-ela é tão solitária!-
24 de dezembro no mundo:
e uma bruta saudade.