O OLHAR

Outra cabeça volta a rolar

Existe sangue naquele olhar

Tudo parece desabar

Mas é apenas um começo

Do infinito tropeço

Daqueles velhos escritos

Sobre a existência de cada ser

Que não mais queria ser

Aquilo que parecia ser

Mas que não passava de ilusões

Posta em xeque no choque

Que a assistência da chuva,

Nada mais era, que o intervalo

De um ciclo natural das águas.

O momento marca o compasso

O tempo é um abraço

Alegria é o um cansaço

Da boca da noite sorrindo

Das maluquices estampadas no rosto

Quase pálido de susto,

Transfigurando em outros tempos;

Tempos de pé no chão,

Tempos de achar

Que todo tempo é bom

Para explicar algo oculto

Na solidez da pouco gramática

Existente naquela prática

Que muitos gostariam ter.

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 09/12/2016
Código do texto: T5848103
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