Alma Penada

Eu, como alma penada, viajava a esmo

Ia e vinha, nunca chegando a lugar algum...

Anos se passavam... dia após dia...

Clamava, mas nenhum eco ouvia...

Chamava, mas ninguém me respondia

Estava só, mas ninguém notava...

Chorava, mas ninguém me escutava

Mesmo quando ria, ninguém me enxergava...

Andava e perambulava... ia e voltava...

Amanhã será diferente, dizia eu...

O amanhã virava hoje

O hoje virava ontem...

Mundo este muito grande

Terras distantes existem

Viajarei no tempo e no espaço

Em algum lugar chegarei um dia...

Procurarei alhures... mirarei longe...

Irei a terras desconhecidas

Vasculharei e garimparei, dia após dia

Um dia acharei minha esmeralda...

Sendo garimpeiro teimoso,

Um dia acharás uma esmeralda . . .

Ofircopa