AS ORQUÍDEAS SÃO SONORAS PORQUE OS PÁSSAROS CANTAM EM AZUL

Hoje quero falar do amor,

não do amor que corrompe,

nem do amor alienado que provoca,

por onde passa tamanho desmonte.

Basta de ingênuas razões,

conto de fadas, falta de objetivo,

que vão da gulodice à libertinagem,

em formas crônicas, bárbaras, degradadas.

Como é possível o amor,

viver envolto em universos simbólicos,

alicerces corroídos dos falsos construtores,

que ao invés de construírem amizades sólidas,

transformam os seus, em potenciais delatores?

A claustrofobia a céu aberto,

filha maior das fracassadas paixões,

força os momentos a serem cansativamente eternos,

mesmo que o degredo seja uma terrível condenação.

Um encontro quando não corrompido,

produz sentimentos de segurança, alívio,

pela conquista serena do momento presente,

onde o passado naturalmente foi agora a pouco.

Sim,

somente este momento interessa,

é nele que se vive não havendo pressa,

extinguindo a dramatização ou falsa festa,

somente a sincera condição conquistada,

de sermos amados sem a sinonimia da farsa.

A partir daí quem sabe. . .

Se as ações tiverem o peso de seu real valor

pode se obter mutuamente rumos ascendentes,

caminhos sementes, incorruptíveis, ao encontro do amor.

Alexandre Halfeld
Enviado por Alexandre Halfeld em 29/07/2007
Reeditado em 01/08/2007
Código do texto: T584193
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