CÔNSCIA
Cônscia
Seu teu cio
Não desvia teu prumo
Leva teu navio
Não te beires nas pontas
Das insanas loucuras
Que a pino
Afundam
A todos que fugiram
Cônscia
Segue teu cio
Firma tuas âncoras
E colhe os frutos que pariu
Não te espreites
Pela volta
Daqueles que nunca existiram
Leva teu remo
Tua marcha
Que no fim
Ao menos
Não terás o fatídico vazio
Cônscia
Segue teu cio
Sem medo do profundo
Fundo
Deste mundo febril
Segue a vida
Como alguém
Que ao menos
No tempo existiu
Fernanda A. Fernandes
20/11/2016