Palavras são mais, palavras...
Vem meu amor, deite teus olhos nos meus,
largue o corpo entre os meus braços,
que meu peito é teu remanso, é toada de canção,
quando o medo te aporta, o limite te sufoca,
deixa marcas pelo rosto, de casaço e solidão.
Vem, que o labirinto da vida, não guia.
Que o tempo só tem serventia, ao que sabe,
viver no respeito da hora, e que até pra quem chora,
não haverá cruel dia, nem amanhecer de vingança,
que acolha a bonança, antes da chuva cair...
Vem meu amor, para estas mãos protetoras,
que o destino é a ladeira, e é a pedra no chão.
Que íngreme é o sonho, e sôfrega a subida,
se não tiver, do primeiro pisar, ao infinito passo,
o amor armadura, e o amor, curador da ferida.
Vem, que melhor aprende, aquele que observa e cala.
Que aceita os limites, e atravessa o portal da vida.
Aquele que na diária luta, não teme e não bate.
Não recua, não nega e nem se abate,
e que ao final, sorri, e oferece a outra face...