EBRIEDADES
Enquanto bebo gélida minha insana sanidade
Deito aqui minha hombridade
Porque vem junto num só gole minha liberdade
Minha coragem
Dizer da tua pouca bagagem
Que nada do que cismas é verdade
Qu'é tudo bobagem
E não o faço por querer ou parecer
É por ser
É de ser
Descer
Escolher
Colher
Enquanto sorvo meu absinto
Deito tudo que sinto
Porque vem junto num só gole o que pressinto
Meu instinto
Dizer do teu arrastado labirinto
Que tudo que cismas é extinto
Que vive no teu pensamento tinto
E não falo pelo Absurdo
É pelo teu ouvido
Pelo jamais sorvido
Pelo surdo
Pelo sujo...
Enquanto morro em minhas mil cicutas
Deito em grito o verso e cismo s'escutas
Quiçá...
Quem viver...
Verá...