(In) Poemas
Se os lábios calam,
a voz perdura,
(In) Póstumo coração,
que de teimoso,
ainda bate...
Ah! Se pará-lo,
fosse apenas um fato!
Escrevo.
Um frio e pseudo,
competo manuscrito...
Sorrio...
Modernamente digitalizado.
Imortal,
em sua inegável condição,
de transcrever na íntegra,
o retrato do Autor.
A Obra, que fiel,
eterniza, seu progenitor...
E dele faz, um Ser,
constante e moribundo,
privando-o do direito,
de verdadeiramente, partir,
como qualquer um...
Mas, se foi para Eternidade,
que ele empunhou a pena...
Se foi posteridade,
rimar em qualquer Tema...
Vivendo a congruência,
ao coincidir os tempos,
e tracejar em letras,
seu olhar perdido...
Rosto...
Mister longevidade,
a fonte e a juventude,
em páginas que resumem,
os passos do destino.
Sagrados pergaminhos,
de um querer profundo,
que os mofos da história,
ousam resguadar...
Daquele que é Vida,
enquanto for Poema...
E assim será Viver,
em velhas prateleiras...
E assim será vencer,
a máscara mortal...
E sempre renascer,
parido, ao Livro, abrir,
como uma grande Cena,
em seu Ato final...