Pingo de Lágrima

Como imaginar o aroma do que seria.

Sem sentir o que se alegra antes da agonia.

O que se esperar quando tudo é apatia.

O que dizer quando o sonoro destorce a alegria.

E o eu só e o ninguém voltam á ser minha cia.

Eu só e volto para o meu pó.

Meu casulo de amanhecer,ao meu suor calado

de estarrecer.

Como sonhar com vôos que reflorestam

meu jardim e sendo pequeno.

Mas tramando meu mim e seu fim.

Quando peregrinar se minha música é gozadora

e sincera.

Quando tentar o sabor do cheiro do planar.

Quando falta o respirar.

Qual tapete comprar?

Qual perfume desejar?

Qual estória mencionar?

Qual alfinete espetar?

Qual espetáculo cancelar?

Qual luz ofuscar?

Qual medo afundar?

Antes de dormir.

Para reaprender á sonhar.

Enquanto se diz,saber nutrir o condiz;

qual ser qual quem.

Ser além do quem.

Não sei meu bem...Não sei.

Diego Porto
Enviado por Diego Porto em 14/11/2016
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