NOITES DE INSÔNIA

Faço poesias com restos de sentimentos

Juntando palavras espalhadas pelo vento

Sobram motivos, falta concordância

Inspiração sem nexo, discrepância.

A inspiração é vento em açoite

Propagando os ecos da noite

No breu da solidão que chega

Velando a insônia que o sereno rega.

A insônia, guardiã insolente

Sentinela à espreita da mente

Se esta se distrai, num piscar de olhos

Rouba-lhe o sono e até os sonhos.

Fica a mente buscando conforto

Divagando entre um porquê e outro

Recosta os pensamentos e adormece

Tão logo entreluz o dia – amanhece.

CLAUDIA DALPIAZ
Enviado por CLAUDIA DALPIAZ em 10/11/2016
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