NOITES DE INSÔNIA
Faço poesias com restos de sentimentos
Juntando palavras espalhadas pelo vento
Sobram motivos, falta concordância
Inspiração sem nexo, discrepância.
A inspiração é vento em açoite
Propagando os ecos da noite
No breu da solidão que chega
Velando a insônia que o sereno rega.
A insônia, guardiã insolente
Sentinela à espreita da mente
Se esta se distrai, num piscar de olhos
Rouba-lhe o sono e até os sonhos.
Fica a mente buscando conforto
Divagando entre um porquê e outro
Recosta os pensamentos e adormece
Tão logo entreluz o dia – amanhece.