N O S Ó T Ã O D O C É U
Na poesia do horizonte
Efêmeras nuvens de algodão
Descansam
No entardecer quente e lilás
Abertas as janelas da noite
Deixam à mostra
Tímidas estrelas
No sótão do céu
Pássaros sonolentos
Cantam dolentes canções
Eu adentro
O templo da emoção
Sonho que a magia
E o encantamento
Estão ao alcance
Da minha mão
Ouço a música do bosque
Enquanto colho estrelas
Refletidas no rio
O meu desejo agora
É acariciar-te com mãos de Musa
O olhar da brisa desnuda teu corpo
Para que eu possa vestí-lo de lirismo
Enquanto adormeces
Nas curvas dos meus braços...
Yeyé
Imagem - Internet