Há os que chegam em silêncio,
Deitam os olhos sobre tudo
E saem sem nada dizer,
Sem nada sentir,
Sem nada trazer.
 
Há os que chegam de repente,
E trazem facas entre os dentes;
Ferem sorrindo,
Dão gargalhadas,
Saem contentes.
 
Há os que chegam sem querer,
São empurrados pela vida,
Trazem sementes,
Partilham almas,
Saem mais sábios.
 
Há os que chegam por escolha,
Bem conscientes,
Preces nos lábios,
Dentro do peito
Um “Obrigado.”
 
Vem todos pela mesma estrada,
Seguindo sempre as mesmas trilhas,
Trazidos pelos mesmos ventos...
Mas cada um vem diferente,
E cada um vai diferente.




 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 24/10/2016
Código do texto: T5801974
Classificação de conteúdo: seguro