Desabafo
A maldade humana me dói.
Dói ver miseráveis humanos, se perdendo na maior das desgraças humanas.
Se degladiando em meio ao mar da ignorância.
Sem essência, achando ser de Deus, porém o odor de sua ausência,
exalando como carne que se decompõe.
Dói em mim tanta frieza, tanta cobiça, tanta avareza.
Tem gente morrendo lá fora.
Tem crente vivendo a última hora,
gritando o ultimo grito por Cristo.
E ninguém se importa, só Deus se importa.
Então eu grito com a minha alma, um grito que ecoa no silêncio.
Tire-me Deus do meio das serpentes, ou me ensina a ensinar o amor.
Ouça esse grito, oh Deus! Pois tenho amado uma corja, sem compaixão, sem coração, que nunca mostra o que tem na mão.
Até quando serei ferido?
O amor que tenho aprendido contigo, parece não sobressair,
parece não invadir tais corações endurecidos.
Ah pai! Então que o meu coração não se endureça.
Só queria que fossem amáveis, só queria que ao menos em paz me deixassem.
Traga paz ao meu coração Senhor.
Acalme a tempestade desse peito meu, faça parar de chover meus olhos, e que eu continue a romper amando, mesmo em dor, se preciso for.