Desabafo

A maldade humana me dói.

Dói ver miseráveis humanos, se perdendo na maior das desgraças humanas.

Se degladiando em meio ao mar da ignorância.

Sem essência, achando ser de Deus, porém o odor de sua ausência,

exalando como carne que se decompõe.

Dói em mim tanta frieza, tanta cobiça, tanta avareza.

Tem gente morrendo lá fora.

Tem crente vivendo a última hora,

gritando o ultimo grito por Cristo.

E ninguém se importa, só Deus se importa.

Então eu grito com a minha alma, um grito que ecoa no silêncio.

Tire-me Deus do meio das serpentes, ou me ensina a ensinar o amor.

Ouça esse grito, oh Deus! Pois tenho amado uma corja, sem compaixão, sem coração, que nunca mostra o que tem na mão.

Até quando serei ferido?

O amor que tenho aprendido contigo, parece não sobressair,

parece não invadir tais corações endurecidos.

Ah pai! Então que o meu coração não se endureça.

Só queria que fossem amáveis, só queria que ao menos em paz me deixassem.

Traga paz ao meu coração Senhor.

Acalme a tempestade desse peito meu, faça parar de chover meus olhos, e que eu continue a romper amando, mesmo em dor, se preciso for.

MidiCouto
Enviado por MidiCouto em 04/10/2016
Reeditado em 13/09/2021
Código do texto: T5780910
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